Sidineia é professora da Escola Ney Braga

De um, para outro

 Por todos os riscos e rabiscos em folhas de papel: valeu!

Valeu ainda, cada página de livro folheada,

virada ,

cada mão de ansiedade; suada.

Sobre as folhas destacadas,

 amassadas,

 transformadas em bolas de papel; eu digo:

Valeu a pena!

E valeu, porque tua alma não é pequena!

Não é pequena porque desbravas, em teu ofício, as vastas áreas da ignorância.

Quantos olhos curados todos os dias com o pó do giz que se espalha em tuas mãos e o suor que brota do teu rosto amanhecido das inúmeras madrugadas garimpando conhecimento nos livros da vida.

Com eles, tu fugiste da caverna de Platão e “feristes” os olhos com a luz do conhecimento. A séptica realidade, projetada na parede, ganhou fôlego na tua nova concepção.

Ah, e estas tuas mãos, meu valioso mestre…

Outras mãos tirastes da chuva

vestindo em cada uma, luva.

Quantas digitais deixaram de ser colhidas nas almofadas do analfabetismo!

As digitais frias

foram substituídas pelas tantas caligrafias.

Te desejo neste vindouro dia, um campo inteiro com as macieiras mais desejadas!

Que a água que molha tua garganta, fadigada das inúmeras palavras proferidas nas salas de aulas, saúde e vigor a ti, tragam.

E quando abrires as janelas do teu dia,

encontres na tua varanda,

asas e ramos verdes,

para teres;

como criança:

Liberdade e Esperança.                                                                  

                                                                                          Sidinéia Lima Abreu

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